RIO – O depoimento de um dos filhos da deputada federal Flordelis e
do pastor Anderson do Carmo, morto no último domingo, no portão de casa,
em Niterói, pode dar novos rumos à investigação da Delegacia de
Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG). Conforme antecipado com
exclusividade pelo RJ2, da TV Globo, a oitiva do rapaz, não identificado
pela polícia, aponta para a possibilidade de que o crime tenha sido
cometido em família: a mãe e outras três irmãs podem estar envolvidas,
de acordo com ele.
Confira as informações passadas pela testemunha aos investigadores, conforme apurado pela TV Globo:
— Ele afirma que não ouviu a discussão, barulho de carro ou moto em fuga no dia do crime;
— Diz que encontrou o irmão Flávio ao lado de Anderson, que já estava caído;
— Segundo ele, após o crime, sua namorada entregou o celular de Anderson para a deputada Flordelis
— Ele afirma que Lucas, que agora está preso, e é apontado como um
dos participantes do crime, recebeu uma proposta de R$ 10 mil de uma das
irmãs para matar o pastor;
— Ele aponta Flordelis, três irmãs, Lucas e Flávio como suspeitos de envolvimento no crime;
— De acordo com ele, Flordelis disse a um de seus irmãos que a hora de Anderson estava chegando;
— Ele afirma que três filhas do casal e Flordelis estariam colocando
remédios na comida de Anderson, e que isso teria feito a saúde do pastor
ficar comprometida;
— Ele conclui dizendo que o comportamento de Flordelis e dos suspeitos durante o velório de Anderson foi um teatro;
A Polícia Civil segue em busca dos aparelhos celulares de Anderson e
de Flávio, que já foram requisitados, mas estão desaparecidos. Flordelis
afirma não saber onde está o telefone do marido assassinado. Na última
terça-feira, pouco antes da vistoria de homens da Especializada de
Niterói e São Gonçalo, objetos
foram queimados no quintal da casa da família. A polícia recuperou o
que havia sido incinerado para perícia, mas, o que realmente chamou
atenção dos investigadores, foi a presença de um edredom com manchas de
sangue num dos quartos.
Na segunda-feira, no armário de Flávio dos Santos, homens da DH
encontraram uma arma que teria sido utilizada no crime. O filho
biológico de Flordelis, e enteado de Anderson, assumiu à polícia que
praticou o crime, e que deu seis tiros na vítima. Nesta quarta, a
Justiça determinou a prisão temporário dele e do irmão, Lucas, de 18
anos, que estava internado no Degase, onde cumpria pena por crime de
tráfico. Lucas nega participação. Agora eles respondem pela morte de
Anderson.
A deputada federal Flordelis ainda não se pronunciou sobre as acusações.
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