Um
policial militar foi preso suspeito de sequestrar e estuprar duas
meninas de 11 e 12 anos em Rio Verde, no sudoeste goiano. As vítimas são
irmãs e teriam sido sequestradas da casa da avó, abusadas e abandonadas
horas depois.
O policial preso foi identificado como major da PM Cristiano Silva de Macena, de 45 anos. O advogado que o acompanhou na delegacia de Rio Verde é George Santos Pereira. Segundo o defensor, o cliente foi orientado a se manter em silêncio porque a defesa vai esperar a conclusão do inquérito para se pronunciar.
“Eu cheguei lá e ele já estava apreendido. Só o orientei a permanecer em silêncio e aguardar a conclusão do inquérito policial, porque não envolve um contraditório efetivo, como no procedimento Judiciário”, afirmou o advogado.
A prisão ocorreu na tarde de quarta-feira (23). A Polícia Militar informou, por meio de nota, que o policial “que está preso na carceragem da Academia da Polícia Militar, em Goiânia”. Ainda de acordo com o comunicado, “está colaborando com as investigações e a denúncia está sendo apurada com mais absoluto rigor”.
O crime aconteceu na madrugada de terça-feira (22). As investigações apontaram que a casa em que as vítimas estavam com a avó foi invadida por volta de 3h30.
Segundo os registros, a avó foi amarrada no local e as meninas levadas em um carro. A princípio, a Polícia Civil acreditava que dois homens teriam cometido o crime, mas a presença de um segundo autor foi descartada.
Prisão
O delegado regional Carlos Batista disse que o policial foi encontrado com ajuda de imagens de câmeras de monitoramento próximas à casa de onde as vítimas foram levadas. A caminhonete usada pelo PM foi vista no local com placa aparentemente adulterada.
“A caminhonete estava com placa adulterada, provavelmente por uma fita isolante preta. Nós fomos verificar e, algumas horas depois, essa caminhonete passou sem a adulteração. A gente verificou que era da esposa de um PM”, explicou.
Segundo a Polícia Civil, as vítimas disseram que o autor do crime usava uma meia-calça sobre o rosto para não ser reconhecido, mas que, por vezes, levantava-a e era possível ver a metade de baixo do rosto dele.
O delegado contou que o policial foi levado à delegacia e reconhecido pelas crianças e pela avó.
“As características físicas descritas pelas meninas batiam com esse policial. [...] Aqui na delegacia, as meninas o reconheceram com absoluta certeza, a avó o reconheceu sem dúvida alguma”, completou.
Ainda de acordo com os registros, as irmãs disseram que foram levadas em uma caminhonete marrom e que o autor usou uma arma para ameaça-las. Segundo as investigações, essa arma é a pistola da Polícia Militar que ele usava para trabalhar, também reconhecida pelas vítimas.
Por meio de nota, a Polícia Civil disse que foram "juntados indícios suficientes de autoria, tais como identificação do veículo utilizado como instrumento para a prática do crime e reconhecimento pelas vítimas".
O mesmo policial militar chegou a ser denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), junto com outros 16, por tortura, morte e ocultação de cadáver. A denúncia é de janeiro de 2018, mas a vítima identificada no caso é Célio Roberto Ferreira de Sousa, que não foi visto depois de abordagem.
Sequestro e estupro
Os policiais apuraram que não havia sinal de arrombamento nas portas da residência. As investigações apontaram que ele pode ter usado um tambor para conseguir pular o muro da casa para chegar à porta, que não foi arrombada.
Conforme registro policial, o major teria participado de uma ação na casa em que as vítimas moram com a avó há alguns meses, data em que a chave da casa teria sumido.
De acordo com o depoimento das meninas, elas foram sequestradas e levadas a um imóvel com poucos móveis, mas que não sabem onde fica. Conforme os laudos apontaram, com uma delas houve “conjunção carnal” e com a outra “atos libidinosos” – ambos considerados como estupro.
Ainda de acordo com o relato das crianças, o autor dos crimes teria perguntado a elas onde elas gostariam de ser deixadas, ao que elas responderam que gostariam de ficar em frente a uma escola, que era ponto de referência para elas conseguirem voltar para casa.
MP acompanha o caso
O Ministério Público de Goiás, por intermédio da promotoria de justiça em plantão na comarca de Rio Verde, protocolou nesta quinta-feira (24) pedido de conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva em desfavor do policial militar Cristiano Silva de Macena.
O pedido de prisão preventiva foi feito hoje pelo promotor Fabrício Lamas Borges da Silva e “fundamenta-se, entre outros motivos, na gravidade concreta dos fatos, na periculosidade demonstrada pelas condutas do investigado e no risco que a liberdade dele traz para a instrução processual, notadamente por indícios que ele teria extraviado uma prova durante a sua prisão”.
O caso, segundo o MP, corre em segredo de Justiça para preservar a intimidade das vítimas.
Segundo o plantão do Fórum de Rio Verde, o pedido do MP já chegou ao judiciário, mas ainda não havia saído a decisão até por volta das 18h desta quinta. De acordo com informações do plantão, nesta sexta está prevista a audiência de custódia do PM, às 15h.a
O policial preso foi identificado como major da PM Cristiano Silva de Macena, de 45 anos. O advogado que o acompanhou na delegacia de Rio Verde é George Santos Pereira. Segundo o defensor, o cliente foi orientado a se manter em silêncio porque a defesa vai esperar a conclusão do inquérito para se pronunciar.
“Eu cheguei lá e ele já estava apreendido. Só o orientei a permanecer em silêncio e aguardar a conclusão do inquérito policial, porque não envolve um contraditório efetivo, como no procedimento Judiciário”, afirmou o advogado.
A prisão ocorreu na tarde de quarta-feira (23). A Polícia Militar informou, por meio de nota, que o policial “que está preso na carceragem da Academia da Polícia Militar, em Goiânia”. Ainda de acordo com o comunicado, “está colaborando com as investigações e a denúncia está sendo apurada com mais absoluto rigor”.
O crime aconteceu na madrugada de terça-feira (22). As investigações apontaram que a casa em que as vítimas estavam com a avó foi invadida por volta de 3h30.
Segundo os registros, a avó foi amarrada no local e as meninas levadas em um carro. A princípio, a Polícia Civil acreditava que dois homens teriam cometido o crime, mas a presença de um segundo autor foi descartada.
Prisão
O delegado regional Carlos Batista disse que o policial foi encontrado com ajuda de imagens de câmeras de monitoramento próximas à casa de onde as vítimas foram levadas. A caminhonete usada pelo PM foi vista no local com placa aparentemente adulterada.
“A caminhonete estava com placa adulterada, provavelmente por uma fita isolante preta. Nós fomos verificar e, algumas horas depois, essa caminhonete passou sem a adulteração. A gente verificou que era da esposa de um PM”, explicou.
Segundo a Polícia Civil, as vítimas disseram que o autor do crime usava uma meia-calça sobre o rosto para não ser reconhecido, mas que, por vezes, levantava-a e era possível ver a metade de baixo do rosto dele.
O delegado contou que o policial foi levado à delegacia e reconhecido pelas crianças e pela avó.
“As características físicas descritas pelas meninas batiam com esse policial. [...] Aqui na delegacia, as meninas o reconheceram com absoluta certeza, a avó o reconheceu sem dúvida alguma”, completou.
Ainda de acordo com os registros, as irmãs disseram que foram levadas em uma caminhonete marrom e que o autor usou uma arma para ameaça-las. Segundo as investigações, essa arma é a pistola da Polícia Militar que ele usava para trabalhar, também reconhecida pelas vítimas.
Por meio de nota, a Polícia Civil disse que foram "juntados indícios suficientes de autoria, tais como identificação do veículo utilizado como instrumento para a prática do crime e reconhecimento pelas vítimas".
O mesmo policial militar chegou a ser denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), junto com outros 16, por tortura, morte e ocultação de cadáver. A denúncia é de janeiro de 2018, mas a vítima identificada no caso é Célio Roberto Ferreira de Sousa, que não foi visto depois de abordagem.
Sequestro e estupro
Os policiais apuraram que não havia sinal de arrombamento nas portas da residência. As investigações apontaram que ele pode ter usado um tambor para conseguir pular o muro da casa para chegar à porta, que não foi arrombada.
Conforme registro policial, o major teria participado de uma ação na casa em que as vítimas moram com a avó há alguns meses, data em que a chave da casa teria sumido.
De acordo com o depoimento das meninas, elas foram sequestradas e levadas a um imóvel com poucos móveis, mas que não sabem onde fica. Conforme os laudos apontaram, com uma delas houve “conjunção carnal” e com a outra “atos libidinosos” – ambos considerados como estupro.
Ainda de acordo com o relato das crianças, o autor dos crimes teria perguntado a elas onde elas gostariam de ser deixadas, ao que elas responderam que gostariam de ficar em frente a uma escola, que era ponto de referência para elas conseguirem voltar para casa.
MP acompanha o caso
O Ministério Público de Goiás, por intermédio da promotoria de justiça em plantão na comarca de Rio Verde, protocolou nesta quinta-feira (24) pedido de conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva em desfavor do policial militar Cristiano Silva de Macena.
O pedido de prisão preventiva foi feito hoje pelo promotor Fabrício Lamas Borges da Silva e “fundamenta-se, entre outros motivos, na gravidade concreta dos fatos, na periculosidade demonstrada pelas condutas do investigado e no risco que a liberdade dele traz para a instrução processual, notadamente por indícios que ele teria extraviado uma prova durante a sua prisão”.
O caso, segundo o MP, corre em segredo de Justiça para preservar a intimidade das vítimas.
Segundo o plantão do Fórum de Rio Verde, o pedido do MP já chegou ao judiciário, mas ainda não havia saído a decisão até por volta das 18h desta quinta. De acordo com informações do plantão, nesta sexta está prevista a audiência de custódia do PM, às 15h.a
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