Obras inacabadas:O nosso dinheiro saindo pelo ralo da imoralidade

“Que país é esse?”, perguntava o cantor Renato Russo, encontrando na música uma forma de protestar contra as aberrações que já existiam no Brasil. Os anos passaram e ainda temos como resposta para a pergunta de Renato Russo, a frase do embaixador brasileiro na França: "O Brasil não é um país sério".
De fato, não é. O Brasil não é feito para amadores.
O que queremos trazer à baila é que essas frases célebres vêm a calhar em momentos históricos como estes que estamos passando, essencialmente agora com a LAVA JATO e os diversos escândalos, nas diversas instituições do nosso país, com desvio de dinheiro público praticado entre as grandes empresas e políticos. Políticos estes que se tornaram semelhantes às aves de rapina, e começaram a destruir a nossa gente tão honesta e trabalhadora.
São bilhões desviados para que os políticos usufruam de uma vida luxuosa e cheia de regalias, enquanto o povo fica à mercê de um simples medicamento, que sequer existe nos postos de saúde! Além disso, o povo se submete a uma verdadeira humilhação nas portas dos hospitais. Essa inoperância é tão visível que quando muitos dos pacientes precisam realizar algum procedimento cirúrgico não procuram mais o setor de saúde para realizar seus encaminhamentos, ficam nas ruas procurando algum político para conseguir sua operação.
Já que falamos em absurdo, vejam só o que acontece em nosso município, quando o prefeito Sobrinho assumiu o Governo Municipal encontrou diversas obras inacabadas, como já descrevemos aqui, em nosso semanário.
Desde o início do seu mandato, o Prefeito vem procurando dar solução de continuidade a essas obras, como escolas e creches, e agora o Hospital público da cidade. Até aí tudo bem, agora vamos a veracidade dos fatos: Essas obras foram iniciadas no governo Júnior Carneiro, porém não deu tempo concluir, ficando para o seu sucessor, Hildon Régis Navarro Filho (Bôda) concluir; como é do conhecimento de todos: foi feito absolutamente nada! Esse tema virou notícias em um passado não tão distante, inclusive, um debate bastante acirrado entre os dois ex-prefeitos, Júnior Carneiro e Bôda.
É bom deixar claro que, na época, o ex-prefeito Júnior Carneiro deu declarações e disse que havia deixado tudo pago. Pelo que se constatou naquele episódio, foi que a empresa contratada para realizar as obras era de propriedade do atual prefeito (Sobrinho), que como empresário ganhou as licitações. O fato é que as obras não foram concluídas.
A obra do Hospital Municipal, por exemplo, foi uma das mais criticadas por todo povo alagoagrandense, só que em uma entrevista dada por Sobrinho, no ano passado, na Rádio Piemonte, ele afirmou que quando estava tocando a obra a diretora do hospital, na época, ao fazer algumas observações sobre o andamento da reforma fez uma exigência para que fizessem mais uma modificação na estrutura hospitalar, daí ter tido a necessidade de se fazer um aditivo, ou seja, aumentar o valor da obra, e essas coisas demandam tempo para serem liberadas. É bom saber, ainda, que nesse mesmo período a secretária de Saúde era a Flávia Lira, atual assessora da Secretaria de Saúde do Município.
Bom, diante de tudo isso, a conclusão que se chega é a de que se o prefeito concluir essas obras tirará de si quaisquer responsabilidade de suas empresas, que porventura venha a existir por parte do Tribunal de Contas, já que naquela discussão sobre o tema o alvo maior era a empresa construtora, cujo o dono era o próprio prefeito Antonio Sobrinho. O mais importante de tudo isso é que o povo está tendo que pagar o pato novamente. Lembrem-se que isso é dinheiro público! Esperamos que o povo alagoagrandense fique atento aos seus direitos frente às obrigações públicas, principalmente quanto às obras... pois é preciso pensar positivamente no futuro da nossa terra, com dedicação.

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