O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que 1.170 homens sejam
diagnosticados com câncer de próstata na Paraíba. Desse total, 180
correspondem ao número de casos registrado na Capital paraibana.
Aproveitando esta quarta-feira (27), data em que se comemora o Dia
Internacional e Nacional de Combate ao Câncer e seguindo a campanha do
Novembro Azul, o médico urologista do Hapvida em João Pessoa, Emerson
Medeiros, afirma que 90% dos homens diagnosticados com câncer de
próstata precocemente obtêm a cura e fala sobre o tratamento.
“Após diagnóstico da doença, o tratamento para o câncer de próstata pode
ocorrer por meio de medicações, cirurgia ou radioterapia. Quanto mais
cedo diagnosticar, mais fácil alcançar a cura. Já no caso de pacientes
que detectam a doença em estado avançado, não existe mais o tratamento
curativo, é preciso partir para radioterapia, quimioterapia, bloqueio
hormonal e outras medicações”, explica o médico que complementa: “Uma
vez operado, o acompanhamento deve ser contínuo e rotineiro”.
O especialista assegura que a necessidade de uma rotina médica junto ao
urologista se dá pelo fato de o câncer de próstata ser uma doença que,
na maior parte dos homens, não manifesta sintomas.
“Por não apresentar sintomas, o diagnóstico precoce para doença se dá
por meio das consultas e exames de rotina, a exemplo do exame de toque,
que é simples, durando em torno de 20 a 30 segundos”, esclarece.
Apesar de na maioria dos casos a doença não apresentar sintomas, Emerson
Medeiros alerta para presença da dificuldade ao urinar, sangramento na
urina e dor lombar que não cessa. “Esses três sintomas podem apontar
para um possível diagnóstico do câncer de próstata”, pontua.
Frequência médica – Emerson Medeiros brinca: “os homens para irem ao
médico precisam que haja um estímulo por parte de uma das três mulheres
da vida deles: mãe, esposa ou filha”. Apesar da descontração, o
especialista afirma que isso mostra como os homens ainda apresentam uma
resistência cultural muito forte para procurar um médico. Segundo ele,
isso é uma realidade que atinge não só o Brasil, mas diversos países,
inclusive, os desenvolvidos.
“A mulher quando alcança a idade de deixar o pediatra segue com suas
consultas rotineiras com uma ginecologista. O homem deixa o pediatra e
não segue para nenhum especialista, quando deveria seguir acompanhando a
saúde do seu corpo com as orientações de um urologista. Mas, em geral, o
homem só busca uma especialidade médica quando sente alguma coisa, por
achar que é invencível, infalível e nunca vai ter problema algum”,
afirma o médico.
Emerson Medeiros afirma que a frequência ao médico urologista varia de
acordo com a idade. Aos 40 anos para quem tem histórico familiar de
câncer de próstata, necessitando nesse caso de maior atenção; e 45 anos
para quem não possui o histórico da doença.
“A idade não anula a possibilidade de a doença surgir antes. Se o homem
perceber qualquer diferença em seu corpo deve sempre buscar os cuidados
médicos”, conclui.
Hapvida
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